segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Em pleno verão, ao sol...

O verão é sem dúvida a estação do ano que mais me lava os olhos. É raro o dia que não cruzo o olhar com alguém, cujo cais de embarque desconheço, e me sinto assim... Como dizer?! Pronto, sinto-me feliz por ser homem! Desculpem se o eufemismo não foi melhor, mas todos percebem...
Aconteceu ainda à pouco, já depois de almoço, num trabalho que fui fazer, a um sítio onde ia frequentemente quando era pequeno. O tempo da viagem vai passando e dei por mim a distrair-me com meia dúzia de olhos inquietantes e, no mínimo, provocadores.
Certamente o meu olhar até passou despercebido, e não sei se os voltarei a cruzar, mas, confesso, dei por mim como no supermercado a tentar escolher qual havia de levar comigo. Eu prossegui viagem, e por entre a poeira do caminho, ficaram-se as sombras e as luzes que o sol de hoje me fez ver. Chegado a casa não pude resistir a pensar em como somos homens de contradições: ora queremos lugares ao sol, ora toalhas de praia onde corpos se mostrem, lascivos, tórridos, escaldantes, a pedir que lhes tirem o que deixa entrever a pouca roupa da estação.
Se bem que vou prosseguir viagem, falta coragem para vencer a solidão, para convidar companhia, para interpelar tantos olhos que se cruzam... Uns mortos por amor, outros mortos por amar.
Próxima paragem: uma esplanada para beber algo fresco, que até o ar me falta com tantas brasas e tanto calor!!!!

3 comentários:

  1. É uma terra em brasa essa; É do granito, é do granito...

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  2. "Quenturas" de Verão, como se diz lá para as minhas bandas...

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  3. " Uns mortos por amor, outros mortos por amar..." LINDO!!!! Vou anotar na minha agenda de expressões se permitires.
    Vou seguir-te, graças à sugestão do Sad Eyes.

    Até já ;)

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